Há 14 anos recebi de um médico a notícia que estava com um câncer já avançado e precisaria de uma cirurgia para a retirada do estômago. Meu marido e minha mãe que estavam comigo no consultório ficaram chocados, ou melhor, ficaram sem chão.
Olhei nos olhos do meu médico, que não por coincidência, mas por providência Divina se chama Jesus Ceribelli e lhe falei: “Não temo, minha fé é maior que minha dor. Faça tudo o que precisar. Não é por acaso que o senhor se chama Jesus. Mas o senhor será apenas um instrumento nas mãos de Deus e Santa Rita será sua instrumentadora em minha cirurgia.”
A cirurgia tinha que ser feita o mais rápido possível. Como optei pela Santa Casa teria que esperar vaga na UTI, mas mesmo assim resolvi esperar. Falei para o médico que naquele hospital me sentia mais segura por saber que lá teria muitas orações feitas pelas irmãs de Schoenstatt.
Saí do consultório para o hemocentro onde precisei tomar 4 bolsas de sangue, pois estava perdendo sangue evacuando e não percebia.
Três dias após todos os exames e procedimentos executados, eu já estava um pouco debilitada. Era dia 22 de maio onde aqui na paróquia eu participava das mil Ave Marias. Consegui vir e rezar as minhas mil Ave Marias. Pedi a todos que estavam rezando que além de seus pedidos rezassem junto comigo pedindo a Santa Rita que intercedesse por mim junto a Jesus. Dia 23 fui avisada que haveria uma vaga de UTI para o dia 24. Dia 24 de maio às seis horas da manhã cheguei a Santa Casa e fui direto para a capela que estava cheia de irmãs rezando e esperando o horário para a Santa Missa. Entrei com uma rosa em minhas mãos, enviada por uma amiga de minha irmã também devota de Santa Rita. E assim fui até os pés de Nossa Senhora de Schoenstatt e depositei a rosa representando a minha vida e pedi que ela entregasse a seu filho Jesus. Aí pedi oração às irmãs e às pessoas que ali estavam.
Minha cirurgia levou 14 horas. Quando tudo terminou, por volta das 21 horas, o médico veio conversar e dar notícias para meus familiares. Disse que eu tinha respondido bem, que o que a medicina poderia ter feito, ele fez e que a partir disso dependeria do “Homem” lá de cima.
Porém, meu caso estava pior do que o médico imaginava pois o câncer já estava no esôfago.
Escutem o que Deus e minha Santa Rita fizeram:
Eu teria que ficar na Uti por tempo indeterminado, mas fiquei somente 24 horas. Fui para o quarto e não tive um dia sequer de febre ou recaída ficando hospitalizada 11 dias. Quando chegou o resultado do exame dos nódulos do esôfago, dos 5 nódulos 3 já estavam contaminados. Enfim, teria que passar por quimio e radioterapia uma vez na semana por quatro meses. Dessa vez fiquei triste, pois mexeu com minha vaidade. Já havia perdido quase 15 quilos e exclamei: “Meu Deus, minha Santa Rita, tudo aceitei, mas ficar careca me chocou.” Nessa hora meu médico me desafiou. Esfregando seus dedos ele disse: “Tu não és assim com o Homem lá de cima? Peça para Ele para teu cabelo não cair.” Chorei, mas corri novamente para pedir socorro à Santa Rita para que intercedesse novamente por mim a Deus.
Meus queridos irmãos de fé, meu cabelo não caiu nem um fio sequer.
Hoje estou aqui forte e firme na fé. Eu me chamo Bernadet, sou conhecida nesta paróquia abençoada por Bete Fuganti, uma devota eternamente agradecida.
Santa Rita de Cássia,
Rogai por nós!
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